Garlic oil as a fight against histological and oxidative stress abnormalities in Wistar rats after oral inoculation of Anisakis spp. Type II (L3) (Nematoda) / [O uso do óleo de alho na luta contra anormalidades histológicas e de estresse oxidativo em ratos Winstar após inoculação oral de Anisakis spp. Tipo II (L3) (Nematoda)]

The consumption of inadequately thermally treated fish is a public health risk due to the possible propagation of Anisakis larvae and their antigenic proteins, the causative agent of the zoonotic disease anisakidosis. The present study demonstrated the physiological and histopathological changes that accompanied an oral inoculation of crude extracts from fresh and thermally treated Anisakis Type II (L3) in Wistar albino rats. Nematode worms were isolated from the marine fish Dicentrarchus labrax. They were examined and taxonomically identified using light and scanning electron microscopy. The study was performed in 6 rat groups: a control group (I), a garlic oil (GO) inoculated group (II), a fresh L3 inoculated group (III), a thermally treated L3 inoculated group (IV), a fresh L3 + GO inoculated group (V), and a thermally treated L3 + GO inoculated group (VI). It was observed that rats inoculated with fresh and thermally treated L3 crude extracts showed abnormal oxidative stress markers associated with the destruction of normal architecture of spleen and thymus. GO produced a protective effect in rat groups inoculated with L3 extracts + GO administration via the amelioration of oxidative stress markers, which was confirmed by the marked normal structure of the organs' histology. Cooking of L3 infected fish induced severe physiological and histopathological alterations compared to uncooked infected fish. The administration of garlic before and after fish eating is recommended to avoid the dangerous effect of anisakids, even if they are cooked.(AU)

O consumo de peixes tratados termicamente de forma inadequada é um risco à saúde pública devido à possível propagação das larvas de Anisakis e suas proteínas antigênicas, o agente causador da doença zoonótica anisakidose. O presente estudo demonstrou as alterações fisiológicas e histopatológicas que acompanharam a inoculação oral de extratos brutos de Anisakis Tipo II (L3) frescos e termicamente tratados em ratos Wistar albinos. Vermes nematoides foram isolados do peixe marinho Dicentrarchus labrax e foram examinados e identificados taxonomicamente usando microscopia óptica e eletrônica de varredura. O estudo foi realizado em 6 grupos de ratos: grupo controle (I), grupo inoculado com óleo de alho (GO) (II), grupo inoculado com L3 fresco (III), grupo inoculado com L3 tratado termicamente (IV), grupo inoculado com L3 + GO fresco (V), e grupo inoculado com L3 + GO tratado termicamente (VI). Observou-se que ratos inoculados com extrato bruto L3 fresco e tratado termicamente mostraram marcadores de estresse oxidativo anormais associados à destruição da estrutura normal do baço e do timo. GO produziu um efeito protetor em grupos de ratos inoculados com extrato L3 + administração de GO através da melhoria dos marcadores de estresse oxidativo, que foi confirmada pela marcante estrutura normal da histologia dos órgãos. O cozimento de peixes infectados com L3 induziu alterações fisiológicas e histopatológicas graves quando comparado com peixes infectados não cozidos. Recomenda-se a administração de alho antes e depois da ingestão do peixe para evitar o efeito perigoso dos anisakídeos, mesmo se cozidos.(AU)

Anisakiasis, un atentado culinario prevenible contra el tracto gastrointestinal / Anisakiasis, a preventable culinary attempt for the gastrointestinal tract

Nuevos hábitos culinarios se han esparcido, desde las culturas originales, para convertirse en costumbres universales. El riesgo que esta globalización puede aparejar probablemente sea subestimado, a no ser que los gastroenterólogos estén conscientes de nuevas enfermedades relacionadas, por ejemplo, con la presencia de agentes infecciosos. Anisakiasis es una de tales enfermedades, relacionadas con la ingestión de pescado crudo o poco cocido, que se presenta en la cultura japonesa, (“el sushi”, “sashimi”), áreas en Sudamérica (“ceviche”), España (“anchoas de vinagre”) y Países Bajos (el pescado crudo). La prevención, está relacionada con la manipulación apropiada, la cocción adecuada y el almacenamiento en frío del pescado. Anisakiasis podría convertirse en un problema clínico serio, debido al compromiso gástrico con ulceraciones, dolor y raras veces pseudotumores en la pared digestiva. El compromiso del intestino delgado es también considerable, secundario a una reacción inflamatoria local severa con edema y estenosis intestinal que simula una obstrucción intestinal. El tratamiento esteroidal generalmente resuelve la crisis, de lo contrario la cirugía es requerida. La reacción alérgica a la presencia del parásito puede llegar a ser un grave problema. La presente revisión trata de aspectos clínicos patológicos, así como del ciclo del parásito, instrumentos diagnósticos y manejo terapéutico.

New culinary habits have been spread, from their original cultures, to become universally known today. They are probably not or insufficiently considered as risky, unless the gastroenterologists become aware of new diseases related for instance with the presence of infective agents. Anisakiasis is one of such diseases, related with the ingestion of raw or undercooked fish, with occurrence in the Japanese culture, (“Sushi”, “sashimi”), areas in South America (“Ceviche”), Spain (“vinegar anchovies”) and The Netherlands (Raw fish). Prevention is related with proper manipulation, cooking and fish frozen storage. Anisakiasis could become a severe clinical problem, because of gastric involvement with ulcerations, pain and rarely intramural pseudotumors. Small intestine involvement is also considerable due to severe inflammatory local reaction, with edema and intense narrowing of the intestinal lumen that mimics intestinal obstruction. Steroidal treatment often solves the crisis. Allergic and general reaction to the occurrence of the parasite is also sometimes a big problem. The present review deals with clinical pathological aspects, as well as parasite cycle, diagnostic tools and treatment.

L'anisakiase humaine: une parasitose meconnue au Maroc

Anisakiasis is a parasitic disease causing visceral larva migrans syndrome affecting the gastro-inestinal segment, as a result of eating a raw or malcooked fish, contaminated with nematodal larvae. The authors described a case of a 52-year-old female-patient treated in France who ate a raw fish meal and developed diarrhoea, vomiting and abdominal pains after that. Confirmation was done by indirect immunofluoresence and immunoelectrophoresis. Through this observation, the authors discussed the epidemiological, clinical and therapeutic aspects of this pathology. They insisted on the importance of a meticulous case taking in order to search for a history of ingested infested meal, that attracts the attention to perform serological tests, which confirm the diagnosis. The histological proof may be done by multiple biopsies or by examination of excised parts in surgery cases

Anisaquíase; zoonose parasitária emergente no Brasil? / Anisiakiasis: an emergent parasitic zoonosis Brazil?

Discute-se a importância dos nematóides Anisakis simplex e Pseudoterranova, responsáveis pela anisaquíase, doença parasitária do homem, contraída após o consumo de pescado marinho cru, semi-cru ou defumado. Faz-se a atualizaçäo da biologia, no que se refere ao ciclo de vida dos parasitas e sua distribuiçäo geográfica; e da epidemiologia da infecçäo por Anisakidae, incluindo sua transmissäo ao homem, prevalência e hospedeiros marinhos. As larvas de terceiro ou quarto estágio destes parasitas säo encontradas com maior frequência na carne de arenque, salmäo, hadoque e bacalhau. Faz-se uma revisäo a respeito dos sintomas, diagnóstico, tratamento e prevençäo. Dá-se destaque especial ao Brasil, onde a infecçäo humana ainda näo foi registrada, apesar de larvas de Anisakidae terem sido encontradas em peixe-espada (Trichiuris lepturus L.), anchovas (Pomatomus saltatriz) e pargos (Pagrus pagrus), capturados no litoral do Rio de Janeiro. Acredita-se que, em futuro próximo, poderá ser possível observar os primeiros casos de anisaquíase no homem, devido à crescente popularidade dos restaurantes e fast-food brasileiros, especializados em sashimi e sushi.